A prevenção ao HIV é uma importante questão de saúde, a qual merece atenção e muito cuidado.
Em dados divulgados pelo O Estado de S.Paulo em novembro de 2019, o Brasil chegou a registrar a marca de 900 mil pessoas vivendo com o vírus do HIV.
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Não bastando, o Ministério da Saúde previu que 135 mil brasileiros convivem com esta condição de saúde sem ao menos ter conhecimento. Ou seja, somente 766 mil pessoas foram diagnosticadas, obtendo a possibilidade de acesso a um tratamento.
Entre os pacientes identificados, 594 mil estão em tratamento com medicamentos antirretrovirais. Desses, 554 mil alcançaram grande sucesso nas terapêuticas, tornando suas cargas virais indetectáveis e intransmissíveis.
Nesse sentido, existem avanços positivos para a luta contra a doença. Porém, tais dados são um grande alerta sobre o crescimento de detecção da doença.
O HIV vem somando milhares de mortes ao longo dos anos desde a epidemia que eclodiu entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000.
De acordo com a Agência AIDS da ONU, somente em 2018 ocorreram 35 mil mortes decorrentes do HIV no Brasil.
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Afinal, o que é o HIV?
Conhecida como AIDS, o HIV é a sigla que denomina o vírus da imunodeficiência humana. Trata-se de uma doença que atinge o sistema imunológico, enfraquecendo e debilitando os pacientes.
O principal alvo é o T CD4+ ou “simplesmente” os linfócitos – células de defesa do organismo.
Por isso, é indispensável destacar que a batalha de prevenção ao HIV inclui máxima atenção ao contato com qualquer fluido contaminado. Isso inclui, além do sangue, líquidos corporais como o sêmen; fluidos vaginais; líquido peritoneal, pleural, pericárdico, articular, líquor; dentre outros.
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Por que o HIV continua crescendo em todo o mundo?
Falar sobre a prevenção ao HIV é também incentivar a reflexão sobre o quanto essa doença é subestimada pela população mundial.
Mesmo com o desenvolvimento de medicamentos e importantes tratamentos, os números de infecções continuam sendo registrados; entre picos de altos e baixos.
Logo no início do surto da AIDS o medo e a prevenção eram temas recorrentes entre conversas e nos meios de comunicação social.
Porém, com o decorrer do tempo as pessoas deixaram de considerar a gravidade e a letalidade do problema.
Acreditar que esta doença está controlada e não oferece mais riscos à sociedade é um grande equívoco. Essa crença pode ser uma das causas da perda de controle do Brasil na luta contra o HIV.
Infelizmente a prevenção ao HIV deixou de ser um foco de atenção entre os jovens.
O sinal vermelho precisa ser aceso novamente!
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Como apoiar as campanhas de prevenção ao HIV?
A educação sexual é um tema que nunca pode sair de pauta. Seja nas escolas, dentro de casa, em conversas entre amigos e familiares, inclusive entre casais…
Os adolescentes e jovens adultos de hoje ainda recebem informações sobre a AIDS mas não como acontecia há décadas atrás.
Essa falsa ideia de contenção das contaminações fez com que o tema fosse perdendo o espaço gradativamente entre as preocupações sociais.
Desse modo, retomar as campanhas de ensino e de advertências à saúde é uma medida importantíssima e urgente.
Por isso, listamos as principais medidas de prevenção ao HIV para que você se informe e passe esse conhecimento adiante:
- Utilize preservativos em todas as relações sexuais, sejam elas hétero ou homossexuais;
- As “camisinhas” são indispensáveis na hora do sexo oral, vaginal e anal;
- Aproveite os recursos que o governo disponibiliza e recorra às camisinhas masculinas e femininas entregues gratuitamente nos postos de saúde;
- Seringas, agulhas, alicates, aparelhos de barbear e outros cortantes e descartáveis são itens pessoais e intransferíveis;
- O uso de luvas é essencial para o manuseio de feridas e fluídos corporais; principalmente em pessoas com chances ou comprovadamente soropositivo;
- Só aceite transfusões de bancos de sangue oficiais e confiáveis;
- Realize os exames e testes de sangue oferecidos gratuitamente pelo sistema de saúde público;
- Incentive o acompanhamento pré-natal entre todas as gestantes do seu convívio.
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Contaminação Vertical: como evitar
Já ouviu falar em contaminação vertical?
Definitivamente, o HIV é um dos vírus mais disseminados no mundo.
Diferente do que imaginamos, ele não é transmissível apenas através do sexo; do compartilhamento de agulhas e seringas; ou por transfusões de sangue contaminados.
Segundo especialistas, uma grande parcela das contaminações ocorre entre mães e filhos durante o período gestacional.
O contato do bebê com o líquido amniótico infectado ou durante a passagem do bebê na hora do parto são os principais motivadores do HIV infantil. Essa é a chamada contaminação vertical.
Por isso, a melhor maneira de evitar esse tipo de contágio é incentivando e propagando a importância do acompanhamento pré-natal entre as gestantes.
Os exames periódicos incluem testes para detecção de vírus, bactérias e outras doenças. A partir de um resultado positivo a mãe é imediatamente encaminhada e submetida a um tratamento para controle da infecção.
Além disso, todo cuidado será direcionado para a proteção e imunização de contágio vertical dos bebês ainda em formação.
A importância da sociedade na prevenção ao HIV
Frente a todas as informações colhidas e aqui compartilhadas, é inevitável reconhecer que as campanhas de prevenção ao HIV necessitam ser reforçadas.
Além disso, a sociedade tem papel fundamental na disseminação de informações essenciais para o combate ao crescimento das contaminações.
Então, não importa a idade, gênero ou condição social, o vírus da AIDS é suscetível a qualquer pessoa desprotegida.
Portanto, converse com os seus conhecidos, filhos, sobrinhos, netos e outros parentes. Espalhe conteúdos educativos. Ensine os jovens a cuidarem de suas saúdes; reforce a importância do diagnóstico precoce e do tratamento para o controle dos sintomas e do crescimento do vírus no organismo.
Logo, se você transou sem camisinha faça um teste. Sem ele é impossível saber se você foi infectado.
Por fim, caso seu exame tenha resultado positivo procure e converse com os parceiros com quem teve relação sexual. Dê a eles a oportunidade de também iniciar os seus tratamentos e zerar suas cargas virais.
Além disso, não deixe o acompanhamento médico e medicamentoso para depois.
Com o tratamento em dia, sua vida, sua saúde e seus sonhos ganham uma nova oportunidade!