Parte da extensa lista de Doenças Sexualmente Transmissíveis, saiba sobre uma doença silenciosa e devastadora; a Sífilis pode matar!
Periodicamente o Ministério da Saúde promove campanhas de conscientização à prevenção desta e de outras DSTs. No entanto, é possível afirmar que grande parte da sociedade sequer sabe o que é a Sífilis.
Pensando nisso, aqui você entenderá o que é, como se comporta e se manifesta a doença. Além disso, como são feitos o diagnóstico, o tratamento e, principalmente, a prevenção da patologia.
Com o objetivo de disseminar informações e conhecimentos à sociedade, considera-se importante ressaltar que ao contrário das disfunções sexuais – como a impotência ou a ejaculação precoce – as DSTs têm maior chance de serem evitadas.
O que é a Sífilis
A sífilis também pode ser chamada de “lues” e é uma doença sexualmente transmissível, causada por uma bactéria.
A infecção originada pela Treponema Pallidum, assim como o HIV, também pode ser transmitida através do contato com o sangue contaminado. Como exemplo, há casos de contágios decorrentes de transfusão de sangue, durante a gestação – de mãe para filho, etc.
A sífilis atua de modo silencioso e pode ser devastadora para quem a contrai. Por essa razão, recomenda-se a realização de exames que identifiquem precocemente qualquer sinal da doença fazendo, mais uma vez, o diagnóstico precoce uma condição primordial para o paciente.
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Principais sintomas
Tratando-se de uma bactéria, a doença pode ter um período de incubação, o qual pode variar entre 10 a 90 dias – mas normalmente acontece entre aproximadamente 20 dias.
Isso significa que após o contágio, o paciente infectado pela sífilis é capaz de notar as primeiras manifestações após 3 semanas.
Sendo assim, a doença vai aparecendo em etapas e em cada uma delas há um padrão de sintomas que merecem atenção:
- Primária: surge uma ferida indolor nas genitálias, boca, no ânus ou reto;
- Secundária: assim que o machucado inicial se cura, uma irritação dermatológica aparece – com manchinhas e pequenas feridas na palma das mãos, na planta dos pés e por todo o corpo;
- Terciária: a partir de então não surge nenhuma outra característica ou sintoma da sífilis. Uma nova manifestação pode ocorrer muitos anos mais tarde. E é assim que a sífilis pode matar, comprometendo silenciosamente diversos órgãos.

Na última etapa de eclosão da patologia, ela acontece de maneira mais agressiva e demonstra danos cerebrais, no sistema nervoso, cardíaco e nos olhos.
Além disso, alguns pacientes também podem se queixar de febre; mal-estar; fadiga; perda de apetite; dores musculares; dor de cabeça; dor de garganta; perda de peso; aparecimento de verrugas e lesões indolores ou não nas genitais.
Em caso de identificação de qualquer sintoma busque imediatamente a ajuda de um profissional.
A Sífilis pode matar?
Por se tratar de uma doença que é basicamente assintomática, a bactéria permanece viva e ativa no organismo do paciente.
No período em que ressurge, a patologia é capaz de causar paralisia, cegueira, problemas no coração e transtornos mentais.
Muitas vezes essa condição de saúde é negligenciada, seja por falta de aparição de sintomas ou por descaso com sua gravidade.
Nesse sentido, é essencial dizer que a sífilis pode matar; e isso pode ocorrer de modo repentino, caso a doença esteja fora de controle ou não sendo tratada.
Outro ponto crucial a ser tratado é a sífilis na gravidez. Frente à sensibilidade da imunidade durante a gestação, mãe e filho correm sérios riscos de serem contaminados.
A sífilis congênita pode ser responsável pela má formação do feto, causar aborto espontâneo ou a morte fetal. Caso o bebê resista ao período gestacional, alguns sintomas podem se manifestar no recém-nascido: feridas no corpo, alterações na estrutura óssea e no desenvolvimento mental, pneumonia e cegueira.
Portanto, o acompanhamento pré-natal é indispensável para mães das mais variadas condições sociais. A sua vida e a do seu filho podem ser salvas!
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Como diagnosticar e tratar
Além do acompanhamento e avaliação dos sintomas já mencionados, a maneira mais garantida de identificar a sífilis é através de exames de rotina.
Por isso, os exames preventivos são fundamentais para evitar a contaminação e para realizar diagnósticos precoces.
A grande maioria das doenças sexualmente transmissíveis já têm excelentes tratamentos à disposição da população. Por outro lado, o diagnóstico precoce aumenta as chances de reversão ou de melhores resultados nos recursos terapêuticos escolhidos.
Os tratamentos geralmente são realizados com o uso da penicilina e/ou outros antibióticos e necessitam de recorrente acompanhamento médico.

Em caso de identificação da doença é imprescindível que os parceiros sexuais sejam acionados, informados e orientados a buscar ajuda médica.
Principalmente no caso da sífilis, que é uma doença silenciosa, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes.
Proteja-se: a sífilis pode matar!
Para evitar o contágio por essa bactéria, lembre-se de: sempre usar camisinha; não utilizar materiais cortantes e descartáveis como seringas, agulhas e alicates de outras pessoas; realize transfusões de sangue em locais oficiais e confiáveis; realize sua avaliação de saúde e exames preventivos regularmente.